tag:blogger.com,1999:blog-1478858395107290641.post2118019042468323601..comments2023-10-01T09:45:55.973-03:00Comments on Direito e Democracia: São os políticos todos safados?Hugo de Brito Machado Segundohttp://www.blogger.com/profile/11831913575542588347noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-1478858395107290641.post-53300373702809938482012-09-24T09:23:21.787-03:002012-09-24T09:23:21.787-03:00Caro Vitor,
Obrigado pela participação, e pelo com...Caro Vitor,<br />Obrigado pela participação, e pelo comentário, aliás muito inteligente.<br />Note, porém, que talvez haja uma sutil diferença entre a situação do taxista e a do concurseiro que vota em quem sinaliza com a realização de mais concursos.<br />Em tese, em uma democracia, devemos realmente eleger representantes que defendam os interesses nos quais acreditamos. É legítimo que alguém contrário ao aborto vote em quem é contra a ampliação das hipóteses em que esse procedimento é considerado legal, por exemplo. Da mesma forma, é legítimo que um aposentado vote naquele que promete defender os interesses dos aposentados, ou que um deficiente visual vote em um deficiente visual que promete defender os interesses desse grupo vulnerável. E assim por diante.<br />Mas há uma distinção - talvez não muito clara, como tudo, pois há uma "nuvem cinzenta" na fronteira, e não uma linha nítida - entre defender os interesses legítimos de um grupo, e usar a coisa pública para atender aos interesses ilegítimos de uma pessoa, em ofensa ao princípio da impessoalidade.<br />Uma coisa é um servidor votar em quem promete defender os direitos dos servidores, assim como o liberal votar naquele que promete diminuir o Estado. Outra coisa é alguém votar em um sujeito, seja de que ideologia for, só para que este, depois, possa "arrumar" o próprio filho, conseguir um emprego na câmara, favorecer a empresa em uma licitação etc.<br />É como eu disse, nos extremos a diferença entre as situações é clara, mas talvez haja uma nuvem cinzenta no meio. O fato de a situação se complicar na nuvem, contudo, não nos impede de visualizar bem os fatos situados nos dois extremos...<br />Abraços,<br />hugo segundo<br />Hugo de Brito Machado Segundohttps://www.blogger.com/profile/11831913575542588347noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1478858395107290641.post-78663279446137830252012-09-21T15:12:36.451-03:002012-09-21T15:12:36.451-03:00Esse tipo de atitude do taxista é a regra, penso. ...Esse tipo de atitude do taxista é a regra, penso. Servidores públicos (juízes, analistas, procuradores) não votam em tal governo porque "são contra o funcionalismo", claramente só pensando em si. Na época da EC 20/98, alguns servidores odiavam o FHC. Quando da promulgação da EC 41/03 o ódio dos servidores passou ao Lula. Enfim. É um exemplo simples, mas que se vê em mesa de bar, em roda de amigos. É muito, mas muito difícil achar alguém que vote sem pensar em si. O Brasil é um país sem ideologia partidária, com raras exceções. O eleitor, em geral, vota para se dar bem: o marido vota na reeleição do prefeito para que a esposa continue com sua função comissionada na prefeitura; o concurseiro vota no candidato que promete aumentar vagas para concursos futuros; o servidor estadual não vota no governante atual porque ele não atende seus pleitos; o advogado vota no candidato à OAB que trabalha no mesmo escritório, pois, se eleito, aquele "colega de escritório" vai favorecer a vida do advogado. É errado pensar em si e votar de acordo com seus interesses? Em última instância, não, mas o ideal do sistema representativo não é esse. Às vezes quando falo que esse sistema representativo atual está a caminho do esgotamento, pode pensar que sou a favor do retrocesso, do caminho contrário, da falta do voto. De jeito nenhum. Sou libertário e a favor da democracia e da alternância de poder até a alma. Mas o fato é que é difícil ver alguém votar por ideologia. Infelizmente, repito, a regra é mesmo votar por interesses pessoais.Vitor Ramalhohttps://www.blogger.com/profile/17216200398690998326noreply@blogger.com