Há algum tempo, escrevi aqui no blog sobre o uso da linguagem impessoal em textos acadêmicos (Use a linguagem impessoal!). Por coincidência, lendo dias atrás o excelente "Uma Deusa Chamada Justiça", de Sérgio Sérvulo da Cunha (São Paulo: Martins Fontes, 2009), vi o seguinte trecho, na mesma linha do que àquela época eu havia defendido:
"O uso de um estilo impessoal, como é de hábito, confere aos livros uma importância oracular: eles deixam de ser a opinião de alguém e ganham foro científico, passam a integrar o espírito objetivo. Sempre achei que a ordem de exposição dos conceitos, nos livros, costuma ocultar a ordem de sua descoberta. Reproduz-se, assim, a relação mestre-discípulo" (p. 1-2).
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