quarta-feira, 11 de março de 2009

Parabéns para você, nesta data querida...

Vejam a petição à qual conduz o link abaixo, e o despacho que a motivou:





Confesso que já tive vontade de fazer o mesmo. Em tom mais respeitoso, evidentemente, e em processo cuja demora ultrapassava os DEZ anos, e não apenas um, como no caso. Mas ficou só na vontade mesmo.
O interessante, contudo, é ver que a petição levou o juiz - não obstante assoberbado de trabalho - a prolatar longo, inédito e fundamentado despacho, só para puxar as orelhas do advogado. E o andamento do feito, este continuou na mesma. A parte final do despacho, "conclusos novamente", parece um "agora você vai ver, vou demorar só porque posso...." Ou não?

7 comentários:

Ermiro Neto disse...

Hugo,

A historinha dessa petição lota as nossas caixas de e-mail's.

Quando eu vi, existiam dois arquivos em anexo. Além dessa petição que você linkou, havia outra, bem parecida, só que dirigida ao relator do processo no Tribunal!

Hugo de Brito Machado Segundo disse...

Eu também recebi essa outra, dirigida ao tribunal. Pareceu-me mais interessante comentar apenas a primeira, contudo, em virtude do comportamento do juiz: deu-se ao enorme trabalho de redigir aquele despacho "respondendo" ao advogado, e deixou o processo na mesma...

Giselle Borges Alves disse...

Sem dúvida a morosidade das decisões do Judiciário ocorre há alguns anos, e pelo menos aqui no estado de Minas Gerais enfrentamos os mesmos problemas. Sou estagiária em um escritorio de advocacia, mas já estagiei no TJMG e muitas vezes os atrasos (que são muitos) ocorrem não pela inércia do juiz mas pela falta de estrutura e número excessivo de processos em uma única vara com poucos profissionais, chegando UM juiz a ter certa de 5 mil a 6 mil processos para analisar.

A presente petição esclarece a posição de uma classe que no final das contas, juntamente com o jurisdicionado, é quem mais sofre com tal ineficiência do sistema jurídico nacional, que não mudou ao longo dos anos.

Hugo de Brito Machado Segundo disse...

É verdade, Gisa.
Talvez a informatização melhore isso.
Aliás, já está melhorando. Seria impossível acompanhar os processos e as publicações se ainda estivéssemos nos fichários de papel.
Mas refiro-me à digitalização dos processos, e à sua tramitação e acompanhamento pela internet.
De qualquer modo, o pitoresco da imagem que coloquei no post é que o juiz, apesar de todo o trabalho, dedicou muito tempo à feitura do despacho só para dar um corretivo no advogado, tempo que poderia ter perfeitamente dedicado ao deslinde daquele processo. Isso me pareceu meio estranho.

Helana disse...

Bom, reza a lenda que existe ainda uma terceira petição: uma peça comunicando o óbito da cliente, na qual este advogado desenhou um caixão.

:) Essa eu nunca vi, não sei se o assunto já caiu na esparrela e o povo anda inventando "desdobramentos criativos" para história. Abs.

Hugo de Brito Machado Segundo disse...

Eu também ouvi falar dessa, inclusive o advogado teria escrito "mórrrrrreu", e mencionado o personagem do zorra total.

Anônimo disse...

Será que esses advogados não conhecem o CNJ?